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20 de nov. de 2014

Carta em homenagem

Belo Horizonte, 20 de novembro de 2014

Poesia para Alicinha


Foi num dia nublado o dia mais ensolarado,
No meio da manhã o dia mais feliz,
Entre pessoas estranhas, só uma eu queria,
E de bochechas rosadas, nasceu minha menina!

Cada dia que passa é uma nova descoberta,
Entre choros e fraldas, essa era minha boneca.
Seus olhinhos castanhos cheio de amor,
Enchiam meu dia, era ela que eu queria.

Anos se passam, coisas mudam, ela cresce...
E até hoje não sei bem com quem se parece!
Ainda acho uma aventura surreal,
Ela é sim, uma menina legal!

E de rimas simples à menina mais linda,
Sai essa minha homenagem,
Mesmo que essa vida seja de passagem,
A sua, é a mais importante na minha!


Hoje a minha filha completa 11 anos de idade, e foi isso que ela me pediu, uma poesia!

Milena

24 de out. de 2014

Carta em poesia

Belo Horizonte, 24 de outubro de 2014

Há falta de amor,
Aquele que insiste em rimar com dor,
Que também anda em falta...

Há falta de sentimentos claros,
Sobram respostas vagas,
Alienam o linear da vida...

Esta, que também está em falta,
Pois só na vida se encontram 
Esses sentimentos que nos faltam,
Nos calam, nos atrasam...

Só na vida há amor, dor, clareza 
E um dia, sem nada a espera,
Acham-se respostas...


Atenciosamente,
Milena Renata Borges de Lima

7 de abr. de 2014

Esperança ou falsa esperança?

Belo Horizonte, 07 de abril de 2014.

Após muito tempo, estou aqui novamente. Hoje me veio a necessidade de escrever, eu preciso colocar essa revolta que está me consumindo pra fora... Depois de anos, anos tentando me livrar do medo de me relacionar com alguém, depois de não dar a chance pra alguém que pode valer a pena, me vejo quase caindo na conversa de um imbecil de novo... Sabia que o fato de eu achar tudo muito estranho era porque realmente tinha alguma coisa errada na história...
Não vou entrar em detalhes, não vale a pena... É isso, não vale a pena mesmo. Mas eu precisava mesmo colocar isso pra fora, precisava escrever... Por uma fração de segundos eu tive ESPERANÇA, essa que há muito tempo não tinha, infelizmente foi uma falsa esperança... Felizmente não era pra ser. Só espero que eu não seja imbecil o suficiente pra cair nesse tipo de armadilha que o destino inventa pra foder com a minha vida que estava, apesar dos pesares, bem.
Eu precisava conhecer pessoas novas, eu ainda preciso e eu sei que agora as coisas vão ser bem mais difíceis porque eu já tinha receios antes, não vou mesmo me abrir com ninguém, não vale a pena, mesmo que seja por uma noite de prazer, não vale a pena... Preciso voltar a ser rocha, esquecer que eu tenho coração, gastar meus sentimentos apenas para minha família e meus verdadeiros amigos e aos homens? Pra eles nada mais do que corpo, minha alma não vai ser de mais ninguém a não ser só minha e de Deus... Sem levar pro lado religioso da coisa, porque eu sei que meu corpo é templo de Deus... Eu não preciso me explicar...
To puta, só isso, muito puta comigo mesma porque eu sou uma idiota, mulherzinha carente, infeliz e ridícula, é isso que eu sou!

Milena



20 de jan. de 2014

Carta à Solidão

Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2014.

Então, essa é a primeira carta de 2014, depois de muito tempo sem escrever nenhuma, não porque eu não tinha nada para dizer, mas é que eu esquecia mesmo rsrsrs. Esta carta de hoje é um pouco triste, não que as outras foram felizes, mas essa tem uma carga de tristeza maior... Sabe quando você está no meio de uma multidão e mesmo assim se vê sozinho? Pois então, é assim que eu venho me sentindo ultimamente, e devo confessar, eu odeio me sentir assim e também não vejo razão para tal sentimento. 
Só que estou com essa agonia dentro de mim, um vazio, sei lá... Sei bem que Deus está comigo, que eu não estou só, mas por que será que me sinto assim? Por que tanta gente tem esse sentimento? O que será que falta? Só Deus sabe... Será que é por que eu estou com a necessidade de arrumar alguém? Nunca me senti só porque estou sem namorado, tenho meus amigos, embora não os procure com frequência, tenho minha filha, minha família, isso já devia me bastar...
Estou também com aquela sensação de frustração de novo, que eu não fiz nada que fosse de reconhecimento e orgulho nem para mim mesma, continuo cometendo os mesmos erros pertinentes, não consigo sair fora das coisas que me atrasam, mesmo sabendo disso, eu tento, mas as coisas também não deixam... Estou naquela fase que eu tento de vez em quando de sair por aí, de ficar sozinha num lugar distante... Ultimamente eu tenho ficado sozinha em casa, não precisaria sair, mas em casa não é a mesma coisa. Às vezes eu penso se eu não devia ter continuado morando em Mariana e terminar a faculdade, mas basta eu ir pra lá pra lembrar o porquê que eu voltei e daí eu fico nesse impasse de vida mal resolvida e sonhos deixados para trás.
Deixei muita coisa para trás, não sei se consigo alcançá-las novamente, estou duvidando da minha capacidade de fazer qualquer coisa.
Pareço estar em uma depressão leve, precisando de terapia, mas eu sei que lá na terapia o psicólogo ia me pedir para avaliar tudo e tentar encontrar onde que se iniciou isso tudo, é exatamente isso que eu estou tentado saber, o porquê e quando foi que isso aconteceu. O que eu tenho que fazer para sair dessa e não mais voltar... Geralmente eu me recupero rápido dessas coisas, espero que dessa vez ainda seja assim, espero que o meu vazio realmente não seja a falta de alguém, eu ainda tenho receios...
E pra constar, minha nota no Enem 2013 não foi suficiente para passar na UFMG, ou seja, mais uma frustração...
Bom, essa não deveria ser uma carta de início de ano, afinal, um novo ciclo está começando, ainda tenho o ano inteiro pela frente para mudar o rumo da minha história, para escrever cartas mais otimistas e com sentimentos bons...

Milena 
Photo by Me, tirada no outono do ano passado, pelo celular, de dentro do ônibus. Lagoa da Pampulha coberta por névoa.