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14 de dez. de 2015

Carta desse "a gente" sou eu

Belo Horizonte, 14 de dezembro de 2015.


Aquela mania, que a gente tem, de achar que é forte. Na verdade até é, mas não pro resto da vida. Aguenta uma, duas e na terceira, o coração leva um choque de 3.000 volts, depois de achar que isso não voltaria acontecer.
Daí, a gente percebe que não tem mais cacife para segurar a barra.
Passa um tempo e o coração já se curou das feridas de outras guerras, porém, não quer mais se arriscar. A gente costuma ficar bem resistente a assuntos amorosos, embora algumas pessoas, tem a facilidade de pular de um galho para outro.
Um belo dia, a gente acorda com uma pessoa X querendo entrar na nossa vida, querendo ser um raio de sol, fazendo promessas dignas a uma pessoa de 28 anos ou mais, fala do futuro, ou pelo menos copia um trecho da música do Jorge e Mateus para colar e mandar no "zap", dizendo que "os anjos cantam nosso amor".
Então, a gente cede. Pensa que pode ser uma oportunidade de ser feliz.
Quando percebe, já tá lá no meio do oceano Atlântico do apego, com um pouco de medo, mas resolve nadar e tentar.
Quando de repente, tudo construído, por conversas e momentos significativos, é apagado por essa pessoa X, que muda de ideia. Como se não tivesse acontecido nada.
Afinal, mudar de ideia é direito das pessoas, né?! Depois, a gente só recebe a fatura do FODA- SE!
E finalmente, a gente só pede encarecidamente, uma única coisa:
"Querida pessoa X,
por que tantas palavras se você não tinha certeza? Você tem noção de como vou me sentir daqui pra frente? Se você não tinha a intenção de ficar, por que me deixou entender que estava criando raízes? Por quê? Afinal, foi você quem insistiu, uma vez que eu estava me protegendo DISSO QUE ESTÁ ACONTECENDO. Eu pedi para que não trouxesse mais sofrimento, porque só eu, apenas eu, sei o que já enfrentei. Muito obrigada por essa. Boa sorte!"


Joyce Estanislau









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